São Paulo, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Lívinston Frank, 20 Uberlândia, MG

É impressionante como o Brasil é um país injusto e cheio de desmandos. O pior é que a população parece não se dar conta disso, visto que nada faz, ainda que esmagada diariamente. A causa do caos social em que vivemos é decorrência direta da irresponsabilidade e ganância da maioria dos políticos brasileiros, que, acredito, devem ser os piores do planeta. Quando tudo parecia caminhar para uma nova era onde haveria mais justiça social, eles nos mostram suas verdadeiras intenções e nos apunhalam pelas costas, aumentando de forma exorbitante seus próprios salários. Parece que estamos condenados a eleger ladrões de dupla face. Político aqui é um péssimo exemplo de cidadania. O que me revolta é saber que tudo poderia ser diferente, visto que temos tudo para dar certo, só o que nos falta são pessoas dignas e honestas para administrar a nação.

Opinião registrada, Lívinston. Escreva mais vezes.

Elizangela Lucio, 23 Guaxupé, MG
Moro em uma cidade que tem faculdade de administração e estou no primeiro ano. Mas no ano que vem terei de mudar para Campinas. Gostaria de saber se lá existe faculdade de administração e se aceitam transferência, ou terei que prestar vestibular de novo.

Campinas tem cursos de administração na Unicamp e Puccamp. A possibilidade de transferência, normalmente, depende da disponibilidade das escolas. Prestar vestibular —e passar, claro— é garantia de assegurar sua vaga. Nessa hipótese, sempre é possível aproveitar parte do que você já estudou em Guaxupé.

Cristiano Souza, Adriano Botelho e Luciana Morales Santo André, SP
Gostaríamos de saber qual a autoridade do sr. André Forastieri para afirmar de forma tão categórica que o rock inglês acabou. O sr. não passa de um crítico medíocre do Terceiro Mundo, que parece ter parado no tempo, já que, como o sr. mesmo afirmou, a última coisa inglesa que lhe agradou foi "Never Understand", de 1985, o que dá uma pequena amostra de sua capacidade intelectual, já que existe uma pequena confusão geográfica aqui: Jesus & Mary Chain é escocês, não inglês. Quanto ao Oasis, será que eles são tão ruins? Lembre-se que na Inglaterra existem inúmeros programas de rádio que se dedicam exclusivamente ao rock "alternativo" e sempre tocam álbuns antes ou poucos dias após seu lançamento. Independentemente da criação de hypes, mantêm o público informado. Será que com tudo isso mais de 150 mil pessoas comprariam o álbum de estréia do Oasis na primeira semana após o seu lançamento, sem ter uma opinião formada? Só nos resta uma dúvida: o que o sr. ganha com isso? Criar polêmica não é uma coisa tão fácil. Para alguém provar que está certo enquanto todos estão errados são necessários argumentos muito fortes, seguramente mais fortes do que aqueles apresentados no seu artigo de 23 de janeiro. Entretanto, criar polêmicas através de gostos usando um canal de comunicação com um única direção é muito fácil, porque seu artigo chega a mais de um milhão de leitores, mas a resposta não retorna frequentemente, não é mesmo? Quanto a se apoiar na imprensa americana para provar que o rock inglês morreu, é voltar a cometer o mesmo erro, pelo sr. condenado, de copiar artigos da imprensa inglesa.

André Forastieri responde o seguinte: "O que eu ganho com isso? A mesma coisa que me confere autoridade: dinheiro. A minha opinião é minha, e quem quiser que não leia. Parabéns pela carta, bem argumentada e bem escrito. Beijos americanófilos."

Escreva para o Folhateen: al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo, SP. CEP 01290-900. Não se esqueça de colocar seu nome completo, idade, endereço e telefone.

Texto Anterior: Virar racista por aqui é uma coisa muito fácil
Próximo Texto: Novo ano letivo expõe falhas de escolas escolas públicas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.