São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Ministro nega venda de 'teles'

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, descartou ontem no Rio a privatização da Embratel e das telefônicas estaduais, como Telesp e Telerj.
Motta também anunciou que, em quatro anos, o governo pretende investir no setor entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões.
"A Embratel e as 'teles' são patrimônio do país e vão continuar como patrimônio", afirmou o ministro.
Motta disse que o governo pretende flexibilizar o monopólio estatal das telecomunicações, mas manter seu poder "concedente e fiscalizador talvez mais forte do que hoje".
Com a aprovação de reformas que permitam a atuação da iniciativa privada "onde a demanda é gritante", segundo Motta, os investimentos podem chegar a R$ 30 bilhões.

Investimento no Rio
O ministro disse que o Rio deverá ser o Estado mais beneficiado com os investimentos.
Só este ano, segundo Motta, a Embratel vai investir no Estado R$ 1,4 bilhão e a Telerj, R$ 300 milhões.
Ele comunicou a decisão do governador Marcello Alencar (PSDB) no palácio Laranjeiras (Laranjeiras, zona sul do Rio).
"Essa visita para mim foi uma maravilha", disse Alencar após o encontro.
Os investimentos no Rio, segundo o ministro das Comunicações, são necessários porque "toda a ligação do Mercosul com o mundo será via Brasil, passando pelo Rio".
O Estado deverá ser ligado por cabos de fibras óticas a São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza.

Revisão
O ministro afirmou que o projeto de revisão constitucional na área de telecomunicações já está pronto e será enviado ao Congresso no próximo dia 15.
Como exemplos de setores onde há "demanda reprimida" e que poderiam contar com investimentos privados, o ministro citou as telefonias celular, rural e, em algumas regiões, a telefonia convencional a cabo.

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