São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Clubes se opõem a novo estádio

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de construção de um novo estádio de futebol em São Paulo encontra oposição em alguns clubes paulistas.
A proposta foi lançada no final de janeiro pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah.
Ele pretende organizar um "pool" de clubes para captar os recursos necessários junto à iniciativa privada.
Os clubes convidados seriam Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Portuguesa, Santos, Juventus e Nacional.
Farah planeja um estádio para 70 mil espectadores, entre o Morumbi (capacidade para 94 mil pessoas) e o Pacaembu (45 mil pessoas).
"Acho muito difícil reunir os clubes com essa finalidade", afirmou o presidente do Santos, Samir Jorge Abdul-Haki.
Segundo ele, várias clubes estão em situação financeira delicada e não podem dispor de recursos para construir um novo estádio.
"A prioridade do Santos agora é a construção de seu centro de treinamento", afirmou Abdul-Haki.
Ele disse que o clube ainda não foi procurado para discutir a proposta.
No Corinthians, o projeto está dividindo a diretoria. O presidente Alberto Dualib é a favor do "pool" para o novo estádio.
Já o vice-presidente de futebol do clube, Romeu Tuma Jr., acha o "pool" inviável e ataca o novo estádio.
"É inútil construir um novo estádio para que fique apodrecendo como os outros", afirmou.
Tuma acha preferível unir os clubes para ajudar na reforma e melhoria dos estádios já existentes.
"Depois vamos ver se é necessário ou não construir um novo estádio", disse.
A proposta também não vai contar com o apoio do São Paulo.
Um novo estádio retiraria do Morumbi a maior parte dos clássicos paulistas. O clube perderia uma das principais fontes de renda para a manutenção de seu estádio.
(HuSa)

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