São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Presidente equatoriano pede apoio a FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, começou ontem um périplo por países da América do Sul para mostrar que o seu país é a vítima no conflito com o Peru.
Ele se econtrou com o presidente Fernado Henrique Cardoso entre 0h15 e 1h50 de ontem, no Palácio da Alvorada, em Brasília, para pedir oficialmente o apoio do Brasil.
Durán-Ballén disse que o Equador está apenas se defendendo das agressões peruanas e pede cessar-fogo imediato. Para ele, o fim das agressões seria a primeira etapa do processo de paz definitiva.
Para o presidente equatoriano, após o cessar-fogo os países terão melhores condições para discutir seus interesses.
O Palácio do Planalto revelou que ele entregou proposta de trégua para análise do presidente brasileiro. Os detalhes da proposta não foram revelados.
Ainda segundo o governo brasileiro, Fernando Henrique tentará intermediar o processo de paz buscando uma saída que não comprometa a soberania de nenhum dos dois países em conflito.
As negocições de cúpula entre os países americanos para acabar com o conflito entre Peru e Equador foram transferidas do Rio de Janeiro para Brasília.
Até a noite de ontem o Itamaraty não sabia informar quando as negociações recomeçariam.
O presidente equatoriano não quis falar sobre o impasse das rodadas de negociações no Rio. Indagado sobre os motivos de as reuniões terem fracassado respondeu "É preciso perguntar para quem estava lá (no Rio) negociando".
O representante equatoriano é o embaixador Marcelo Fernandez de Córdoba. Procurado em Brasília, ele não foi encontrado pela Folha.
Ao fim do encontro com Fernando Henrique ontem, o presidente equatoriano afirmou que não reveleria os detalhes da conversa.
Além de agradecer a "atenção" do presidente brasileiro por recebê-lo, Durán-Ballén disse continuar acreditando na importância que os países latino-americanos têm na mediação do conflito.
"É por isso que tomei a inciativa de fazer essas visitas", disse.

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