São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995
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Consumo favorece veto ao mínimo de R$ 100

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) afirmou ontem que o aumento do consumo foi um dos motivos para o veto presidencial ao salário mínimo de R$ 100.
Hoje vence o prazo para que o presidente Fernando Henrique Cardoso vete o projeto, aprovado no mês passado pelo Congresso.
"Em situação de economia superaquecida os efeitos são imprevisíveis", declarou Malan em seminário com parlamentares do PPR, reunidos ontem para discutir reformas na Constituição.
FHC afirmou, entretanto, a assessores próximos que o aumento do mínimo poderia causar uma explosão de consumo. FHC avalia que o dinheiro extra seria gasto principalmente em alimentos.
A equipe econômica argumenta que o reajuste do mínimo aumentaria a quantidade de dinheiro em circulação na economia, o que o governo não deseja.
Esta foi a primeira vez que Malan tocou na questão do aumento do mínimo nos seminários que o governo está fazendo com partidos políticos desde o final de janeiro.
Desta forma, Malan atendeu ao apelo de FHC para que os ministros, principalmente da área econômica, tomem a defesa das medidas adotadas pelo governo. FHC fez a recomendação internamente depois que sua popularidade caiu, conforme identificou o Datafolha, no final de janeiro.

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