São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Bandeirantes planeja voltar às novelas Emissora deverá se unir à produtora TV Plus, do Rio ARMANDO ANTENORE
O projeto prevê a realização em parceria de pelo menos uma novela. A emissora pretende lançá-la ainda este semestre, provavelmente depois das 19h. A direção ficará sob a responsabilidade de Jayme Monjardim, que fez "Pantanal" na Manchete e que, segunda-feira, assinou contrato de um ano com a TV Plus. Por enquanto, nem a produtora nem a Bandeirantes definiram título ou elenco da trama. Cautelosas, as duas partes pensam em apostar no "remake" de algum velho sucesso. O mais provável é "Uma Rosa com Amor", que a Globo exibiu entre outubro de 1972 e julho de 1973. A novela leva a assinatura de Vicente Sesso. O veterano escritor paulista já passou por quase todas as emissoras do país. Hoje, faz roteiros sob encomenda para TVs estrangeiras. É autor de clássicos da teledramaturgia brasileira, como "Pigmaleão 70", "Minha Doce Namorada" e "Sangue do Meu Sangue", que o SBT decidiu regravar e transmitir no lugar de "As Pupilas do Senhor Reitor". A própria Bandeirantes produziu uma novela de Sesso em 1979. Chamava-se "Cara a Cara" e tinha Fernanda Montenegro à frente do elenco. O último trabalho do autor no Brasil foi a minissérie "Tereza Batista", que a Globo mostrou há três anos e revelou a atriz Patrícia França. Em "Uma Rosa com Amor", Sesso exercita a veia cômica. A novela conta a história da secretária Serafina Rosa Petrone e do industrial Claude Antoine Geraldi, que dividem um casamento de fachada. Na primeira versão, Marília Pêra e Paulo Goulart viveram os personagens. Grande Otelo e Yoná Magalhães também participaram do elenco. Ela fazia a milionária Nara Paranhos de Vasconcellos, "perua" de carteirinha que só entrava em cena com peruca loira. Ele interpretou o velho Pimpinoni, que usava marionetes para comentar as diversas tramas da novela. Se a TV Plus e a Bandeirantes realmente optarem por tirar "Uma Rosa com Amor" do baú, Sesso vai reduzi-la. O roteiro original tinha 220 capítulos. Agora, não deverá ultrapassar os 180. A emissora paulista e a produtora carioca ainda não falam sobre o acordo. É certo, porém, que nem toda a cúpula da Bandeirantes concorda com o projeto. Nos últimos três anos, a rede investiu basicamente em jornalismo, esporte e filmes. A estratégia lhe trouxe audiência e equilíbrio orçamentário. Teme-se que as novelas revertam o quadro. O gênero, caro, enfrenta a concorrência quase imbatível da Globo. O vice-presidente da Bandeirantes, Johnny Saad, é o principal defensor da aliança com a TV Plus. Em 94, a produtora se uniu à Manchete, fez "74.5 - Uma Onda no Ar" e não emplacou. Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: "Irmãos Coragem" abandona a proposta de estética cinematográfica Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |