São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995 |
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Nadador afugenta tubarão
ANDRÉ FONTENELLE
No segundo dia de sua aventura, Delage avisava sentir enjôo. "Não digeri um grama de comida desde o meio-dia de ontem", contou o nadador, que, em 22 de dezembro, já dizia: "Pouco a pouco, entro na minha vida de peixe." Delage não escondeu sua frustração no início da travessia. "É um pouco decepcionante", disse. "Sonhava com águas claras como no Mediterrâneo e me encontro em uma sopa leitosa onde o risco está em toda parte." Depois de passar o Natal e o Ano Novo nas águas do Atlântico sem contratempos, no dia 12 janeiro Delage percebeu um tubarão. "Vi uma mandíbula aberta, pronta para morder minha perna direita. Só tive tempo de bater com o pé-de-pato no focinho do tubarão, zona sensível. Pude fotografá-lo." No dia 30 de janeiro, Delage avisava que estava começando a sentir-se cansado, mas, a proximidade de encerrar a travessia conseguiu acalmá-lo, a ponto de dizer: "Na verdade, receio um pouco a volta à vida normal." (AFt) Texto Anterior: Guy Delage completa a travessia solitária do Atlântico em 56 dias Próximo Texto: Pelé vira garoto-propaganda da Mastercard até Mundial da França Índice |
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