São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995
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Bibi Ferreira canta vida de Édith Piaf

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Espetáculo: Bibi Ferreira Cantando e Contando Piaf
Direção: Bibi Ferreira
Quando: estréia hoje, às 22h30, sexta e sábado, às 22h30, domingo, às 21h; somente até dia 19 de fevereiro Onde: Canecão (av. Wenceslau Brás, 215, Botafogo, zona sul, tel. 021/295-3044)
Quanto: R$ 15 (arquibancada), R$ 25, R$ 35, R$ 40 e R$ 50 (mesas divididas por setores)

Em "Bibi Ferreira Cantando e Contando Piaf", com participação de Gracindo Júnior como narrador da vida dessa ícone da canção francesa, a artista assume mais uma vez sua porção cantora.
"Bibi-Piaf" —como está nos letreiros do Canecão— é a versão enxugada da peça "Piaf, a Vida de uma Estrela da Canção" —um dos maiores sucessos da história cultural do Brasil, que de 83 a 89 lotou casas de espetáculos do país e de Portugal.
O atual show reúne 14 músicas do repertório de Piaf —como os sucessos "La Vie en Rose", "Milord" e "Bravo pour le Clown". Acompanham Bibi um coral de oito vozes e orquestra de 25 músicos, sob a regência de Sergio Kuhlmann. A voz de Bibi, como demonstrou no ensaio de quarta-feira, continua impecável.
Bibi anda tão confiante em sua capacidade vocal que pediu ao maestro Kuhlmann para subir o tom em três músicas: "Monsieur Saint Pierre", "A Marselhesa" e "L'Accordeoniste".
No palco há 54 anos, ela mesmo dirige "Bibi-Piaf". Àqueles que lhe perguntam por que, como ou tros artistas, não entrega a alguém a direção, responde: "Simplesmente porque não preciso".
Com sua voz afiada e os textos apresentados pelo ator Gracindo Júnior —que canta "À Quoi ça sert L'Amour" com Bibi—, o espectador passea pelo universo da carreira de Piaf.
Um universo cantado e feito de paixões, desilusões amorosas, três acidentes de carro, vício em drogas (álcool e morfina) e a morte prematura, aos 47 anos, de câncer.
Um mundo sofrido que Bibi relutou em aceitar, quando convidada para fazer "Piaf, a Vida de uma Estrela da Canção" —peça da inglesa Pam Gems, dirigida por Flávio Rangel.
Mas ao descobrir que o repertório de Piaf não era feito apenas de músicas que apontavam a triste fatalidade do destino, mas também a irresistível força do amor, Bibi subiu ao palco e acabou conquistando os maiores prêmios do teatro brasileiro, como o Molière e o Mambembe.
Em cinco anos em cartaz, a peça foi assistida por 1,1 milhão de espectadores. "Na temporada inteira, a três a quatro dias antes da estréia já estava tudo esgotado", diz a assessora da atriz/cantora, Deolinda Vilhena.

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