São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995
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Cientistas curam principal câncer infantil em animais de laboratório

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, desenvolveram um tratamento experimental que permite destruir células afetadas pelo principal tipo de câncer infantil, a leucemia.
A grande vantagem do tratamento é que que ele atinge as células cancerosas sem afetar as células sadias.
O estudo foi publicado ontem na revista científica Science.
O novo método consiste na utilização de um anticorpo —proteína que participa do sistema de defesa do organismo— para transportar uma substância química que ataca as células doentes.
O anticorpo, desenvolvido em laboratório e chamado de B43, é inteligente o bastante para levar a substância genistein apenas para as células doentes, para que sejam destruídas.
Nos testes, os camundongos receberam células leucêmicas humanas para que desenvolvessem a doença. Depois receberam o B43 com o genistein.
Os dez animais que foram submetidos ao tratamento sobreviveram mais de 120 dias, enquanto que os outros 110 morreram dentro de 61 dias.
Estudos posteriores mostraram que 99,99% das células leucêmicas dos ratos tratados haviam sido destruídas.
A substância conseguiu bloquear a ação de uma enzima (substância que facilita as reações químicas) vital para as células.
O sucesso do experimento sugere que a inibição dessa enzima pode ser central no desenvolvimento de tratamentos anticâncer.
Os pesquisadores ressaltam que foram usadas dosagens bem abaixo do limite máximo considerado tolerável pelo organismo.
A leucemia abordada no experimento chama-se leucemia de precursores de células B.

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