São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995
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Produção industrial deve crescer 6%

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A taxa de crescimento da produção industrial brasileira para o primeiro trimestre de 1995 pode chegar a 6%. A projeção, feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é a primeira que aponta saldo positivo no período desde 1982.
"O primeiro trimestre é normalmente contracionista. O que ocorre esse ano é que a forte demanda do quarto trimestre deve ser mantida, por causa da estabilização da economia", disse Oliveira.
A projeção da FGV tem como base um estudo feito em janeiro com 1.428 indústrias. O trabalho, divulgado ontem, registrou expansão de 26% da produção industrial no último trimestre de 1994 —no mesmo período do ano anterior o crescimento foi de 4%.
Desde outubro, 7 dos 22 ramos de atividades industriais pesquisados pela instituição estão operando praticamente 24 horas por dia.
"E vários deles, como os setores de borracha, celulose (que inclui papel e papelão), química, têxtil, metalurgia e matérias plásticas, estão utilizando cerca de 90% de sua capacidade industrial instalada", avalia Eden Gonçalves.
Além da estabilização da economia, o estudo da FGV aponta a recomposição de estoques e a redução dos preços dos derivados de petróleo como fatores que contribuem para a perspectiva de expansão industrial no primeiro trimestre do ano.
A sobrecarga de Imposto de Renda sobre pessoas jurídicas, a sobrevalorização cambial e o refluxo de investimentos externos associados à crise mexicana são alguns dos fatores citados pela FGV como "pontos negativos" para o crescimento industrial nesse período.

Embraer
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ameaça estender até abril a "operação tartaruga" na Embraer.
O sindicato aguarda a apresentação de nova proposta da empresa para o pagamento da dívida trabalhista de 4% de produtividade, acumulada desde junho de 1992.
Na "operação tartaruga", os empregados reduzem até 50% o ritmo de produção.
A direção da Embraer nega a existência da operação.

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