São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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US$ 2 bi fogem dos bancos argentinos
SÔNIA MOSSRI
Os correntistas estão sacando recursos dos bancos por temerem uma quebra das instituições. A situação no mercado de ações não é diferente. Desde a desvalorização do peso mexicano, a Bolsa de Valores de Buenos Aires acumula uma queda superior a 25%. O presidente da Bolsa de Valores, Julio Macri, afirmou ontem que o volume de negócios corresponde à metade das operações realizadas há dois meses. A principal razão, segundo ele, é a retirada dos investidores estrangeiros. As operações com ações atingem a média de US$ 20 milhões por dia. Depois da implantação do plano de conversibilidade, em abril de 1991, a euforia dos investidores estrangeiros movimentava mais de US$ 100 milhões diários. Macri não está otimista com relação à uma recuperação do movimento da Bolsa de Valores nas próximas semanas. Essa também é a mesma análise de Roque Fernández, que não esconde sua preocupação com a queda persistente do volume das operações. Fechamento O Ministério da Economia e o Banco Central avaliam que dos 170 bancos que atuam atualmente no país, restará cerca de 100 instituições nos próximos meses. Segundo o Banco Central, do total de US$ 45 bilhões dos depósitos em pesos e dólares na rede bancária, US$ 18 bilhões, cerca de 40%, estão concentrados em cinco instituições financeiras- Río, Roberts, Galicia, Francés e Quilmes. O equivalente a 130 bancos de pequeno e médio porte movimentam cada um entre US$ 45 milhões e US$ 60 milhões. As declarações do presidente Carlos Menem, na última quinta-feira, tumultuaram ainda mais o mercado financeiro e irritou a Associação de Bancos Argentinos. Menem orientou os correntistas a somente realizar depósitos em "bancos sérios". Ele voltou a repetir que a insolvência -falta de recursos para pagar compromissos em dia- é limitada a poucos bancos atacadistas, que não operam com a captação de depósitos. Texto Anterior: Um repto ao agribusiness Próximo Texto: FMI diz que a crise mexicana é mundial Índice |
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