São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995
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E a polêmica está de volta aos estádios

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, a alma encantadora das esquinas e dos botecos voltou à saudável, à irresistível, à —e por que não dizer— purgadora polêmica.
O Romário vai jogar bola ou não vai jogar bola? Vai dar o Fla, do Janio de Freitas, ou o Flu, do Carlos Heitor Cony?

O gosto pelo debate está de novo nas ruas paulistanas. E quem está provocando é um gaúcho como o engenheiro Brizola.
No final das baladas, o Valdir "Marlon Brando" Espinosa, como perguntaria, com estilo e efeito de um chute "folha seca", o fluminense Nélson Rodrigues, é "um gênio ou uma besta"?

Só os pontos na tabela dirão a verdade absoluta. Aqui dos meus míopes olhinhos puxados observo que:
a) O Palmeiras tem uma grande defesa, ainda testando a lateral/ala direita. Por enquanto, o volante Daniel Frasson quebra o galho por aquelas veredas.
b) Tem, talvez, o trio de marcação mais forte do Brasil: Amaral, Flávio Conceição e Mancuso.
c) Tem dois meias de armação de fino trato com a bola e, mais do que isto, de grande mobilidade (Válber e Rivaldo).
d) O melhor atacante do Brasil, depois do Reinaldo: "eu sou terrível" Edmundo.

Quer dizer, time tem. Hoje, contra o endiabrado América, lá na São José do Rio Preto do grande sax simbol Paulo Moura, será a chance da prova dos nove (aliás, quem será o nove do Palmeiras?)

Em Rio Preto, vi o Eduardo, ponta do Corinthians (aquele que morreu em desastre de carro com o lateral Lidu), fazer um gol por baixo das pernas do legendário goleiro Neury, do América.
Faz tanto tempo que o Rivelino ainda era um garoto com a dez do alvinegro.

Amanhã, no acanhado e simpático Parque São Jorge, o voluntarioso Fabinho deverá ocupar o lugar do Viola que, aliás, faz tempo que não acha o seu lugar.
Marques também volta ao time, porque a vitória precisa ser construída, de qualquer maneira. Dos 16 times, apenas quatro não fizeram três pontos, entre eles o Corinthians. Tá mais do que na hora, né?

A dupla TAM-TAM defende a liderança perto da torcida, em dois "clássicos". O São Paulo contra a Lusa, que é dona do Bentinho. E o XV de Piracicaba contra o Santos, que também disputa a cabeça.
Até agora, o campeonato tem um Líder, desculpe, tem uma TAM: o comandante Rolim Amaro, que já fez 18 pontos. E não perdeu nenhum.

Uma beleza o uniforme amarelo e vermelho que o Milan vestiu na quarta-feira, na vitória de 2 a o sobre o Arsenal.
No design, a Copa ainda está na Itália.

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