São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995
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Avalistas estudam envio de missão à região

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os quatro avalistas do Protocolo do Rio de Janeiro —Argentina, Chile, Estados Unidos e Brasil— convocaram para o início da próxima semana uma reunião técnico-militar para estudar o envio de uma missão ao local do conflito entre Equador e Peru.
A missão, que pode verificar a implementação do cessar-fogo, depende de aceitação dos dois países em guerra para ir à cordilheira do Condor, onde acontecem os combates entre os dois.
Esta foi a única decisão divulgada ontem pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, após a reunião de representantes dos quatro países em Brasília.
O Protocolo do Rio, assinado em 1942 pelos avalistas e por Peru e Equador —além dos quatro avalistas—, definiu a fronteira entre os dois países.
O Peru comunicou oficialmente aos quatro fiadores a recusa à proposta de um cessar-fogo humanitário, para permitir que os corpos de soldados sejam removidos.
A trégua humanitária foi proposta anteontem pela delegação do Equador.
A posição do Peru é que trata-se de uma manobra do Equador para continuar em território que não pertence ao país.
Os vice-chanceleres do Peru, Eduardo Ponce, e o do Equador, Marcelo Fernandez de Córdoba, estão em Brasília, mas segundo as embaixadas de seus países não se encontraram ontem.
O Itamaraty não quis se pronunciar sobre o avião russo da Aeroflot, que alterou sua rota ao sair do Brasil, na quarta-feira.
Carregado com peças para helicóptero destinadas ao Peru, o avião fez uma escala não prevista em Fortaleza (CE).
A Força Aérea do Brasil conseguiu o compromisso de que o destino seria alterado, com rumo à África. Em vez disso, o avião tentou ir para a Guiana, mas acabou indo para Cabo Verde (África).

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