São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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Ordenações são 130 ao ano
ANDRÉ FONTENELLE
Num raro estudo raro, o sociólogo francês Julien Potel estimou em 3.500 o número de padres franceses que deixaram a Igreja Católica entre 1940 e 1982. O número de renúncias aumentou após o Concílio Vaticano 2º. Um quarto dos padres ordenados na França em 1966 já haviam deixado o sacerdócio em 1986, ano da pesquisa realizada por Potel. Ele entrevistou 445 ex-padres franceses. Entre eles, 92% se casaram. Apenas 3% haviam se divorciado na época da pesquisa. O celibato não é previsto no Novo Testamento. O apóstolo São Paulo o recomendou, mas não o considerava essencial. A norma se impôs aos poucos, com decisões de concílios como o de Elvira (Espanha, século 4) e o segundo Concílio de Latrão (1139). Entre as razões são invocadas desde a influência do estoicismo grego, que via o prazer sexual como negativo para a dedicação filosófica, até razões econômicas —os bens da igreja estariam passando às famílias dos padres. (AFt) Texto Anterior: Francesas se organizam contra celibato Próximo Texto: Nova York se prepara para receber Diana Índice |
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