São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995
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Quem foi Asclépio

CLAUDIA GONÇALVES

Milhares de anos antes de Jesus Cristo ressuscitar Lázaro, os gregos e sua mitologia já haviam alimentado o imaginário humano com uma divindade capaz de operar curas e levantar mortos: Asclépio, o deus da medicina (à esq., sua imagem esculpida em tábula de marfim do século 5). Conhecido como Esculápio pelos romanos, ele é filho do belo Apolo —deus da cura, da verdade e das profecias— e da ninfa Coronis.
Os segredos da medicina foram transmitidos a Asclépio pelo centauro Quirão, que depois de morto subiu ao céu na forma da constelação de Sagitário. Outra personagem mitológica que ajudou nas curas e ressurreições de Asclépio foi Atena, a deusa da sabedoria. Dela, ele recebeu o milagroso sangue da Medusa, uma das três górgones, capaz de reviver mortos. Tanto poder provocou a ira do deus dos deuses. Temeroso de que Asclépio tornasse todos os homens imortais e alterasse a ordem do mundo, Zeus o fulminou com um raio. Morto, virou a constelação de Ofiúco, vizinha da de Sagitário.
Asclépio era pai de várias filhas, entre as quais Higéia (a saúde) e Panacéia (a cura universal). Apesar da vasta linhagem de "doutores" a que deu origem o deus-médico, foi o humano Hipócrates (460-377 a.C.) quem levou a fama. Suposto descendente de Asclépio, ele é tido como o pai da medicina moderna.

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