São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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MT usa fungo contra praga do seringal

DA AGÊNCIA FOLHA

Produtores de São José do Rio Claro (330 km ao norte de Cuiabá-MT) estão abandonando os agrotóxicos e adotando o controle biológico para combater o "percevejo-de-renda", praga que pode reduzir a produtividade da seringueira em até 50%.
O percevejo ataca as folhas da planta, sugando sua seiva e provocando desnutrição.
Desde a criação da Estação de Aviso Fitossanitário, em 1990, eles estão recebendo gratuitamente o fungo "Sporatrhix insectorum", predador natural da praga, conhecida também como "mosca-de-renda" ou "mosca-branca".
A estação é mantida por convênio entre o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Ministério da Agricultura e Prefeitura. Lá ocorre a multiplicação do fungo distribuído aos produtores.
Segundo o engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Marcílio Pobroff Santailla, 32, o combate à praga em 70% dos seringais do município é feito hoje de forma biológica.
A área plantada de seringueiras na região é de 16,5 mil ha.
Santailla diz que o fungo é fornecido gratuitamente para os produtores de São José do Rio Claro.
Para os demais, o quilo do "Sporatrhix insectorum" é vendido a R$ 2,50.
Além da questão ambiental, outra vantagem é que, utilizando o fungo, os produtores não precisam fazer mais do que uma aplicação por safra.
Usando agrotóxicos, são necessárias de três a quatro pulverizações por ano.
O "Sporatrhix insectorum", descoberto em 1986 pela Embrapa, age no "percevejo-de-renda", colonizando seu corpo e matando-o por asfixia.

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