São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Dívida de usina vai ser paga

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal assumiu a dívida de R$ 290,02 milhões (US$ 341,2 milhões) que a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) do Rio Grande do Sul tinha com a usina termelétrica de Candiota 3, próxima a Bagé.
Será enviado ao Congresso um projeto de lei que autoriza a privatização da Candiota 3. O projeto, que recebeu investimentos franceses, está parado desde 81, quando foi assinado o protocolo.
Pelo acordo, caberia ao governo francês a venda de 40% dos equipamentos para colocar em funcionamento a primeira das seis unidades de Candiota 3, localizada no extremo sul do país.
Equipamento retido
A França produziu os equipamentos mas a empresa energética gaúcha não realizou as obras de engenharia.
O governo francês reteve os equipamentos e criou, inclusive, dificuldades para que o Brasil renegociasse parte de sua dívida externa junto ao Clube de Paris.
O Clube de Paris é uma instituição que reúne os organismos internacionais de financiamento constituídos por países europeus, EUA, Canadá e Japão.
Estas dívidas serão assumidas pela União logo após a privatização da empresa.
O vencedor do processo de privatização terá o compromisso de concluir as obras da usina, sob risco empresarial, e poderá explorar a energia por prazo a ser determinado através de concessão.
Na região da usina está o correspondente a 25% das reservas minerais de energéticos não-renováveis do Brasil.
O governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto (PMDB-RS), —que esteve ontem no Palácio do Planalto acompanhado a assinatura do envio do projeto ao Congresso— estima que será possível arrecadar R$ 309,4 milhões/ano com a venda de energia, além de outros R$ 37,65 milhões para a União.

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