São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Equipe internacional desenvolve linhagem de moscas bissexuais

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma equipe de cientistas norte-americanos e alemães parece ter demonstrado que a escolha do sexo do parceiro tem uma base genética —pelo menos para uma espécie de mosca.
Geneticistas da Universidade de Nova York e da Universidade de Friburgo, na Alemanha, realizaram algumas alterações genéticas em machos da mosca-das-frutas. Os resultados somam-se aos indícios de que o homossexualismo tenha base genética.
As alterações foram feitas em genes relacionados a áreas cerebrais responsáveis pela percepção de odores.
A intervenção refletiu no comportamento sexual dos machos, que passaram a buscar tanto machos como fêmeas para acasalamento.
"O problema é que não podemos dizer se as moscas não sabem diferenciar os dois sexos ou se elas se sentem igualmente atraídas por ambos", disse Ralph Greenspan, da equipe de Nova York.
Os autores atribuíram a escolha indiscriminada dos parceiros à expressão de genes "femininos" no cérebro do macho. Esses genes seriam responsáveis pela produção de hormônios sexuais.
Em animais primitivos, como insetos, o cheiro é o principal fator de comunicação sexual.

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