São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Programas dão emprego a 600 menores de rua
FERNANDA DA ESCÓSSIA
Gilvan Rodrigues Cabral, 15, é um desses garotos. Há dois meses ele vivia na rua —"batia carteira no Castelo (bairro do centro do Rio), metia a mão no bolso do velho e levava". Gilvan trabalha hoje num posto de gasolina da Petrobrás Distribuidora, participando do programa "Menor nos Postos". Ele aprendeu a calibrar pneus, lavar pára-brisas e fazer pequenos serviços mecânicos. "É bom, é muito bom porque posso trabalhar. Quem sabe um dia posso ser mecânico de Fórmula 1", disse. Como outros 31 garotos, Gilvan ganha meio salário mínimo, vale-transporte e é obrigado a ir à escola. Os garotos que fazem 18 anos são contratados pelo posto. O gerente de marketing da Petrobrás Distribuidora, Paulo Roberto Alves, disse que o investimento no projeto é pequeno: um salário mínimo para cada um dos 14 postos incluídos no programa. "Para nós, tem compensado. Vamos levar o projeto a outras cidades. No Rio e em São Paulo, temos o apoio da Brahma. Os garotos recolhem vidros e latas para reciclagem", disse. Um convênio do Movimento Viva Rio com os Correios e a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai dar emprego a cerca de 450 meninos de 14 a 16 anos. Eles foram contratados pelo Fundo Inter-Religioso, que faz parte do Viva Rio, e fizeram cursos para aprender o trabalho. Pelo convênio, os meninos recebem salário proporcional ao tempo de serviço, cesta básica, vale-transporte e assistência médica e odontológica. Os garotos que participam do programa foram indicados pela 2ª Vara da Infância e da Adolescência ou por comunidades carentes. Cerca de 300 vão trabalhar nos Correios como auxiliares de serviços gerais. Outros 150 vão trabalhar no sistema de estacionamento rotativo da CET-Rio. Texto Anterior: Tiroteios em São Paulo causam morte de 2 pessoas Próximo Texto: 'Arrastão' abre festa hoje em João Pessoa Índice |
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