São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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CASSETADAS

DA REPORTAGEM LOCAL

CASSESTADAS
Os guardas civis metropolitanos que cuidavam da segurança interna do plenário eram todos de igrejas protestantes. Obviamente, eles não foram selecionados para a missão por suas convicções religiosas, mas porque eram os únicos da coorporação que possuíam os ternos exigidos pelo regulamento interno da Câmara.

O deputado federal e ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Jair Meneguelli, deu uma explicação inusitada para o arsenal de bolinhas de gude que os manifestantes jogavam contra os PMs ontem em frente à Câmara. "Eles trouxeram as bolinhas para matar o tempo enquanto os vereadores discutem", afirmou.

Os PMs que se preparavam para o conflito com os manifestantes tirando as tarjas de identificação do peito passaram a se chamar apenas por "Steve". Trata-se de um costume do Batalhão de Choque da Polícia Militar, usado para garantir o anonimato.

Sobrou xingamento até para o governador ontem na manifestação de servidores municipais em frente à Câmara. Os manifestantes lembravam que ele é o responsável pela PM gritando "Mário Covas, sem vergonha".

Em protesto contra os PMs que cercavam o plenário da Câmara, a vereadora Aldaíza Sposati (PT), começou a bater continência cada vez que se dirigia ao presidente da Casa, Miguel Colasuonno (PPR). "Recruta Sposati se apresentando", dizia.

Os vereadores malufistas Toninho Paiva (PL) e Faria Lima (PMDB) se divertiram muito com as vaias que os sindicalistas estavam distribuindo aos parlamentares que votaram contra os servidores. Eles estavam no banheiro acompanhando as vaias. "O campeão foi o Vita", disseram.

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