São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Vendas das indústrias crescem 9,26%, diz CNI

DA SUCURSAL DO RIO

As vendas da indústria cresceram 9,26% em 1994 em comparação com o ano anterior, segundo os Indicadores Industriais, divulgados ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Ao mesmo tempo que cresceram as vendas, aumentou a utilização da capacidade instalada (o máximo que cada indústria pode produzir). Em relação a 1993, o ano passado mostrou um crescimento de 4,8 pontos percentuais.
Em relação a dezembro de 1993, as vendas industriais cresceram 27,37%. Os números da CNI só mostraram uma queda na comparação de dezembro com novembro, com retração de 5,89%.
O assessor do departamento econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que esta queda é normal, pois o desempenho da indústria é maior até novembro (quando é feita a maioria das encomendas para o Natal). Dezembro e janeiro são meses mais fracos.
São Paulo puxou o crescimento das vendas, sendo responsável por um aumento de 14,65% em relação a 93. Na comparação com dezembro de 93, houve aumento de 42,42% nas vendas de dezembro.
Segundo Castelo Branco, entre agosto e dezembro de 94, houve um aumento da oferta de produtos da indústria de 22%, o que mostra a resposta da indústria ao aumento de demanda.
Dezembro fechou com a indústria brasileira, na média, utilizando 79,2% de sua capacidade de produção. Houve uma pequena queda em relação a novembro (0,8 ponto percentual), mas um aumento de 3,5 pontos percentuais entre agosto e dezembro (na vigência do Plano Real).
O aumento da utilização da capacidade instalada ocorreu principalmente no ramo de alimentos, que antes do Real só produzia 66% de sua capacidade.
A utilização foi aumentando paulatinamente, chegando em novembro a 76,5%. Mesmo sem dados consolidados, a estimativa é que em dezembro, a indústria de alimentos tenha fechado usando 81% de sua capacidade.
Para Castelo Branco, isto mostra que houve ganho no poder de compra por parte dos assalariados, principalmente dos que ganham menos e utilizam os aumentos para comprar alimentos.
O setor de bens de capital (máquinas) também mostra aquecimento. Antes do real, a utilização da capacidade era de 72,9% e chegou, em novembro, último dado disponível, a 77%.
O economista da CNI diz que o crescimento das vendas deve aumentar em 95 puxado pelo aumento de bens de capital.

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