São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Novas regras do Paulista confundem a TV européia
ANDRÉ FONTENELLE
O canal a cabo Eurosport exibe um jogo do Paulista por semana, em quatro idiomas: francês, inglês, alemão e holandês. As imagens chegam pelo satélite só com o som ambiente, sem qualquer narração ou caracteres. Por isso, os erros são quase inevitáveis. Como o impronunciável nome do Novorizontino, que acabou grafado da forma acima. Durante o Brasileiro, os locutores contavam com a ajuda de um jornalista alemão radicado no Brasil, que passava por telefone as escalações prováveis, antes do jogo. Uma mudança de última hora, no entanto, bastava para provocar erros. No último Brasileiro, os narradores confundiram os zagueiros Antônio Carlos e Tonhão. Sem a narração original, os equívocos se tornam compreensíveis. No jogo Palmeiras 3 x 0 Vasco, também pelo último Brasileiro, o replay os impediu de ver a anulação de um gol palmeirense. Todos narraram a "vitória do Palmeiras por 4 a 0". A qualidade da narração progride ao poucos, à medida que os locutores adquirem conhecimentos sobre o futebol brasileiro. Deixou-se, por exemplo, de chamar o técnico Jair Pereira de "Jair Parreira" e o Pacaembu, de "Pacambeú". Como os jogos do Paulista são transmitidos em VT e os jogadores têm números fixos, a identificação se tornou mais fácil. Mas há uma coisa que os locutores europeus nunca compreenderão: os regulamentos caóticos do Brasil. "Um dia vamos fazer um programa especial, explicando com gráficos", ironiza o comentarista francês Patrick Lafayette. Outro motivo de ironia, no último Brasileiro, foi a feiúra da taça entregue ao Palmeiras. "A arte moderna está aí mesmo para ser discutida", brincou Lafayette. Texto Anterior: Viola está recuperado e volta a jogar no domingo Próximo Texto: Romário finaliza mais contra Fluminense Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |