São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Romário finaliza mais contra Fluminense

DA REPORTAGEM LOCAL

A atuação de Romário no Fla-Flu de domingo decepcionou mais uma vez os torcedores.
Apesar disso, mostrou uma melhora no desempenho do jogador em relação à sua estréia no time carioca, dia 27 de janeiro, contra a seleção do Uruguai.
Os números do Datafolha comprovam isso. Diante do Fluminense, Romário evoluiu principalmente nos passes certos, finalizações e bolas recebidas.
Domingo no Maracanã, ele acertou 15 dos 16 passes que deu, fez quatro finalizações e recebeu 27 bolas.
Na estréia, contra os uruguaios, Romário realizou apenas seis passes de forma correta.
Além disso, finalizou só uma vez (para fora) e recebeu oito bolas durante o jogo.
Como resultado do seu progresso, Romário perturbou muito mais os zagueiros do Fluminense do que os uruguaios, há 17 dias.
Ele recebeu quatro faltas anteontem, contra apenas uma na estréia.
"Cumpri aquilo que o Luxemburgo havia pedido. Infelizmente não era meu dia de fazer gols", disse Romário, após o jogo com o Fluminense.
"Está faltando um jogador que faça as tabelas com ele. O Romário vem criando as oportunidades individualmente", afirmou o técnico do Flamengo, Wanderley Luxemburgo.
O jogador responsável por essa função seria o meia Mazinho, que foi contratado junto ao Bayern, da Alemanha.
Mas ele ainda não correspondeu às expectativas e contra o Fluminense ficou no banco de reservas.
Apesar da melhora, o desempenho de Romário ainda está longe de ser comparável ao da Copa do Mundo de 1994.
Além do título conquistado, o atacante fez cinco gols —um a menos que o artilheiro Salenko, da Rússia— e acabou sendo considerado o melhor jogador do torneio.
Durante a Copa, a média de bolas recebidas por ele era de 42 por jogo. Romário foi o centro de referência da maioria dos ataques da seleção brasileira.
Tanto que finalizou, em média, cinco vezes em cada partida (três de maneira correta).
O número de passes certos do jogador no Mundial também era bem maior: 22.
Em compensação, ele perdia 11 bolas em média por jogo.

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