São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Clube usa "produtividade"

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos segredos do sucesso do XV de Piracicaba é o sistema de premiação adotado pelo seu novo presidente, Rolim Adolfo Amaro.
Dono da empresa aérea TAM, Amaro levou ao futebol a idéia de premiação por "produtividade".
A cada quatro jogos fixa-se uma pontuação mínima, abaixo da qual não será pago prêmio algum.
A partir daí, quanto maior a pontuação, maior o prêmio por ponto conquistado.
Na primeira rodada, o limite foi de seis pontos, nos doze disputados. Atingindo essa marca, cada jogador recebe R$ 1.200,00 (R$ 200,00 por ponto).
A cada ponto extra, o prêmio por ponto sobe R$ 50,00. Se o XV tivesse conquistado os 12 pontos, o prêmio teria sido de R$ 500,00/ponto (R$ 6.000,00).
Como o XV tem dez pontos, seus jogadores vão receber R$ 4.000,00. Esse valor é superior ao salário da maioria dos jogadores.
Amaro criou esse sistema para evitar um risco comum aos clubes pequenos. Quando o valor do bicho é fixo, o clube pode, mesmo com campanha irregular, acumular dívidas para pagar os prêmios.
Para o Paulista, a TAM investiu cerca de R$ 1 milhão em reforços. Além disso, trouxe cinco jogadores do empresário Juan Figer. O acordo prevê a divisão dos lucros em caso de negociação de algum desses jogadores.
A direção do XV estuda agora transformá-lo numa empresa. Um dos objetivos é acrescentar a sigla TAM ao nome do clube, como acontece com alguns times de vôlei e de basquete.

História
Essa não é a primeira vez que o XV de Piracicaba inova na premiação. Em 1976, o então presidente Romeu Ítalo Ripoli (já morto) achatou os salários dos jogadores e aumentou os bichos.
Naquele ano, o XV chegou ao vice-campeonato estadual, a melhor colocação de sua história.

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