São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Presidente do Equador aceita cessar-fogo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, disse ontem que a última proposta de cessar-fogo apresentada pelos avalistas do Protocolo do Rio (Brasil, EUA, Argentina e Chile) é "aceitável".
Segundo ele, o Equador fará "ligeiras observações à proposta".
"Há razões para ser otimistas e supor que nas próximas horas haverá um cessar-fogo". Segundo ele, o Peru também fará apenas "variações mínimas de redação".
A proposta foi apresentada em reunião de representantes dos países avalistas do Protocolo do Rio, que definiu em 1942 a fronteira entre Equador e Peru (Brasil, Argentina, Chile e EUA), a partir de 15h em Brasília. A reunião foi interrompida às 21h30 e a previsão é de que seria retomada às 23h15.
Na área do conflito, uma índia morreu e várias crianças ficaram intoxicadas por um ataque peruano com armas químicas, denunciou a Confederação de Nacionalidades Indígenas.
Uma emissora de rádio do Peru noticiou ontem a derrubada de um avião equatoriano —o terceiro, segundo Lima. Durán-Ballén negou e disse que, dos três aviões, apenas "um resultou avariado na asa".
Numa aparente preparação para um conflito de longa duração, o Equador substituiu todos os seus soldados na área em disputa.
No quartel-general de El Milagro, o comando das forças peruanas disse que prosseguiam os ataques aéreos e de artilharia à base equatoriana de Tiwinza.
O Peru já anunciou várias vezes que a tomada de Tiwinza era "iminente". A conquista de outras bases equatorianas, anunciada em Lima, também não foi confirmada.
Os jornais peruanos deram destaque à acusação, de oficiais da inteligência militar do país, de que pilotos israelenses estariam combatendo do lado do Equador.
O Equador disse que seus pilotos são treinados por pessoal dos países que lhe vendem aviões (caso dos A-37 dos EUA e dos Kfir de Israel), mas negou a participação de estrangeiros nos combates.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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