São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Novo Congresso não garante maioria a FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Congresso inicia hoje as atividades da 50ª legislatura sem garantir apoio sólido ao governo.O presidente Fernando Henrique Cardoso conta formalmente com a sustentação de seis partidos e 66,8% dos parlamentares, mas terá que negociar as medidas que interessam ao governo. "O jogo começa agora", resumiu o líder, no Senado, do maior partido do Congresso, o PMDB, Jáder Barbalho (PA). Ele prevê que a maior dificuldade do governo será aprovar a reforma constitucional porque, na sua opinião, FHC não debateu as propostas com todos os setores envolvidos. A 50ª legislatura inicia às 16h, com sessão solene na qual será lida mensagem de FHC pelo segundo secretário da Câmara, Leopoldo Bessone (PTB-MG). A sessão solene será presidida pelo presidente do Congresso e Senado, José Sarney (PMDB- AP), o único parlamentar que vai discursar. Ele vai defender agilidade e transparência. "Temos 59 medidas provisórias e 134 vetos presidenciais para apreciar, além dos projetos normais. Precisamos limpar a pauta e limitar a edição de medidas provisórias", afirmou ontem. O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), prometeu ontem dar rapidez à apreciação das propostas de reforma constitucional, cuja tramitação se inicia pela Câmara. "Temos que deliberar", disse, evitando defender as propostas. "Como presidente da Casa não me cabe comentar o conteúdo das reformas." Ontem um grupo de soldados do Batalhão dos Dragões da Independência fez um ensaio da solenidade em frente à rampa do Congresso. A Câmara volta aos trabalhos tentando votar o projeto de aposentadoria aos ex-presidentes, que favorece Itamar Franco e José Sarney e exclui Fernando Collor. A primeira sessão de votação foi marcada para amanhã. Luís Eduardo Magalhães marcou três sessões deliberativas para fevereiro. A partir deste mês, como parte dos salários dos parlamentares (R$ 5 mil dos R$ 8 mil) está ligada diretamente à presença nas sessões, cada dia de votação em fevereiro vai valer R$ 1,666 mil. Texto Anterior: Irma deixa PT para assessorar Sérgio Motta Próximo Texto: Senador pretende pedir indenização Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |