São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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63% das análises não eram legais

LUÍS EDUARDO LEAL
DA REPORTAGEM LOCAL

As análises de fiscalização diferenciam-se das análises de orientação porque têm "valor legal" e dão ao fabricante a oportunidade de apresentar uma "contraprova".
As análises de orientação não podem indicar uma eventual falha do laboratório, pois são feitas em amostras (muitas vezes já abertas) apresentadas por consumidores, farmácias, hospitais etc.
Qualquer irregularidade nesse caso pode ser consequência das condições de armazenamento ou mesmo do manuseio do produto. Dos 115 remédios da lista original do Adolfo Lutz, 73 (63,5%) eram análises de orientação, sem valor legal.
Por esses motivos, os resultados das análises de orientação são válidos somente para as amostras examinadas -não há como estendê-los para produtos do mesmo tipo.
Nas análises de orientação, são coletadas três amostras de lotes fechados de remédios —duas ficam com o instituto que faz o exame e uma com o fabricante.
Caso a primeira amostra esteja irregular, o fabricante tem dez dias para apresentar a sua contraprova. O resultado da terceira amostra, em poder de quem faz a análise, determina (ou não) a suspeita de irregularidade no produto, que deve ser confirmada em outras investigações da Vigilância Sanitária junto aos fabricantes.
(LEL)

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