São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Adolfo Lutz reprova 17 remédios

LUÍS EDUARDO LEAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 18/02/95
Nesta reportagem, a frase "Nas análises de orientação, são coletadas três amostras de remédios - duas ficam com o instituto que faz o exame e outra com o fabricante" está errada. A frase certa é "Nas análises de fiscalização, são coletadas três amostras de remédios - duas ficam com o instituto e uma com o fabricante".
O Instituto Adolfo Lutz divulgou ontem relação corrigida dos remédios que supostamente apresentam irregularidades, como presença de bactérias ou formulação inadequada, entre outras.
A lista inicial de 115 remédios continha vários erros. Atribuía, por exemplo, a um laboratório a fabricação de sete remédios, dos quais apenas um era de fato produzido pela empresa.
Um outro laboratório teve um produto patenteado relacionado como irregular —o Adolfo Lutz se referia a uma farmácia de manipulação que usava indevidamente a marca registrada para designar o princípio ativo de seu produto, o cloridato de ranitidina.
"Nossos associados nos procuraram logo após a publicação da lista com laudos favoráveis aos produtos expedidos pelo próprio Adolfo Lutz", diz José Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica).
Bandeira de Mello afirma defender a intenção manifestada pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria Nacional da Vigilância Sanitária, de fiscalizar a qualidade dos remédios.
"Mas a fiscalização não pode ser comprometida por iniciativas que ponham em risco a credibilidade do Estado nessa tarefa", disse Bandeira de Mello.
Há dois tipos de exame, as "análises de fiscalização" e as "análises de orientação" —apenas as primeiras podem indicar irregularidades atribuíveis aos laboratórios (leia texto abaixo).
Mesmo considerando apenas as análises de fiscalização, a nova relação do Adolfo Lutz traz menos medicamentos que a primeira —redução de 42 para 17 produtos.
A lista foi divulgada à noite, quando a direção do Adolfo Lutz não estava mais no instituto para comentar a nova listagem.

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