São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Países trocam novas acusações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O comando militar do Peru denunciou ataques equatorianos com morteiros à "base peruana de Tiwinza" uma hora e meia após a vigência do cessar-fogo.
O Equador disse que patrulhas peruanas se infiltraram em áreas a 3 km de Tiwinza com o objetivo de "criar falsos destacamentos militares que avalizem as declarações do presidente Fujimori".
Em seu pronunciamento pela TV, Fujimori deixou claro que declarava a trégua apenas porque o Peru teria reconquistado o território que o Equador teria invadido.
Ele se referiu especificamente à conquista pelas forças de seu país da base de Tiwinza, "um símbolo da nossa soberania nacional".
Isso contrasta com o comunicado oficial em que o governo do Equador aceitou a trégua: "Os destacamentos de Coangos, Tiwinza, Base Sur, Cueva de los Tayos e Condor-Mirador se mantêm sob controle das forças equatorianas".
O comando peruano de operações, em El Milagro, mostrou a jornalistas material bélico equatoriano que teria sido capturado em Tiwinza. Os repórteres, porém, não tiveram acesso à base.
A única informação independente veio do jornalista paraguaio Roque González, do diário "ABC", de Assunção: "Fizemos um sobrevôo e uma caminhada de meia hora até a própria base de Tiwinza e constatamos que ela está em mãos equatorianas".

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