São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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Presidente tenta evitar desgaste com refinaria

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso encontrou uma fórmula para escapar do desgaste político de escolher o Estado que sediará a nova refinaria, empreendimento estimado em R$ 1,6 bilhão.
Para não ter que tomar uma decisão, FHC vai apostar na aprovação da emenda constitucional, enviada ontem ao Congresso, que propõe a quebra do monopólio da Petrobrás no refino de petróleo.
Sem a quebra deste monopólio, a nova refinaria é um empreendimento que só poderia ser feito pela estatal do setor petrolífero.
Caso a emenda seja aprovada, a nova refinaria deixaria de ser um investimento específico da Petrobrás, passando a ser disputado por todas as empresas do setor.
O presidente avalia que, com a entrada da iniciativa privada na disputa, a decisão sobre a refinaria será técnica e não política.
FHC disse ontem que considera "um espanto setores estaduais pedindo que o presidente decida sobre matéria que não é política".
A sugestão de adiar a escolha foi dada pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Bornhausen acatou proposta da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que faz lobby para que seu Estado receba a refinaria. Também estão na disputa o Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.
Roseana quer uma decisão técnica por se sentir em desvantagem na disputa com o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB).

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