São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995 |
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Queda é recorde na Argentina
SÔNIA MOSSRI
Esta baixa é recorde no mercado de ações argentino. A iniciativa da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara dos Deputados, promovida pelo Ministério da Economia, de propor a taxação dos ganhos em ações e dividendos, gerou inquietação no mercado. Pela décima vez consecutiva, a Bolsa de Valores de Buenos Aires registrou ontem queda, de 6,95%. Apenas em fevereiro, o mercado de ações teve uma perda acumulada de 25%. As taxas de juros voltaram a subir, chegando a 13% ao mês em operações interbancárias. Sigilo O ministro da Economia, Domingo Cavallo, foi obrigado a revogar resolução que obrigava os bancos a identificar ao fisco argentino todos os investidores com operações financeiras e depósitos superiores a US$ 12 mil, numa clara quebra de sigilo bancário. A medida adotada pela DGI, correspondente à Receita Federal no Brasil, não durou nem uma semana. Provocou forte reação contrária dos bancos e o próprio governo conseguiu tumultuar ainda mais o nervoso mercado financeiro. O presidente Carlos Menem saiu a público ontem numa nova tentativa de tranquilizar correntistas e investidores institucionais de que não haverá desvalorização do peso argentino. "Não interessa ao governo, nem às empresas e aos trabalhadores a desvalorização do peso." Texto Anterior: Mercado de câmbio vive dia nervoso Próximo Texto: Ortiz vai aos EUA acertar ajuda Índice |
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