São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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Série renova com economia

CÁSSIO STERLING CARLOS
DA REDAÇÃO

Em cada um dos filmes da série "Tous les Garçons et les Filles de Leur Âge" —projeto idealizado pela produtora Chantal Poupaud e viabilizado pela TV Arte— a exigência feita aos diretores foi que os filmes tivessem um episódio da adolescência como tema, canções de época na trilha sonora e uma cena de festa.
Nove diretores entre veteranos e estreantes foram convocados. Ao lado de Téchiné, a também veterana Chantal Akerman produziu seu exercício de reminiscência recuando aos anos 60 em "Portrait d'une Jeune Fille de la Fin des Années 60, à Bruxelles".
O ex-crítico da "Cahiers du Cinéma", Olivier Assayas, viajou até os anos 70 para contar a experiência com as drogas e o Flower Power em "L'Eau Froide".
A eficácia do projeto resultou das condições econômicas em que foi realizado. Material de filmagem barato, câmeras leves, atores iniciantes ou não-profissionais e histórias elementares.
O mais interessante —modelo que pode servir para inspirar os produtores no Brasil, que começam a investir na co-produção entre TV e cinema com resultados satisfatórios para ambos— está no formato. Na TV os filmes são exibidos em versão curta, enquanto no cinema se transformam em longas-metragens.
Esta economia acabou gerando novidades do ponto de vista estético, como pode ser constatado no filme de Téchiné.
(CSC)

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