São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mediadores esperam que Peru assine trégua
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O subsecretário de Relações Exteriores da Argentina, Juan José Uranga, disse em Brasília que esperava para ontem mesmo a assinatura definitiva do acordo que levou à trégua entre Peru e Equador.Esperamos que o acordo possa ser firmado hoje, afirmou Uranga ao chegar ao Itamaraty para uma nova reunião entre representantes dos quatro países avalistas do acordo fronteiriço de 1942 entre Equador e Peru. Diplomatas de Brasil, Argentina, Chile e EUA tentam mediar um acordo de paz desde a última semana de janeiro, quando o conflito se intensificou, em reuniões no Rio e em Brasília. O cessar-fogo proclamado unilateralmente pelo Peru na noite de segunda-feira foi declarado com base em uma das propostas dos avalistas, que prevê o deslocamento de observadores militares internacionais para a região do conflito, a criação de uma zona desmilitarizada e negociações para um acordo de paz definitivo. A ida dos observadores militares está condicionada à consolidação do cessar-fogo e a garantias de que haverá segurança para eles. O governo do Equador assinou o documento do cessar-fogo e insiste que o Peru faça o mesmo. O governo de Lima afirmou inicialmente que a cessação efetiva das hostilidades tornava isso desnecessário, mas depois o presidente Fujimori disse que a assinatura ocorreria num prazo de cinco dias —prazo reduzido ontem para as próximas horas. Em Lima, Javier Pérez de Cuéllar, ex-secretário-geral da ONU e candidato de oposiçao à Presidência do Peru, advertiu o governo Fujimori de que assinar uma trégua que implique a desmilitarização da fronteira pode ser arriscado, pois a controvérsia sobre quem controla Tiwinza não permite concluir com segurança que não há equatorianos no território do Peru. Texto Anterior: Equador acusa escaramuças na fronteira Próximo Texto: Vargas Llosa critica guerra Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |