São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995 |
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Dois novos medicamentos 'salvam' o AZT
CLÁUDIO CSILLAG
Essa foi a primeira boa notícia divulgada na reunião anual da Aaas, sigla inglesa para Associação Americana para o Avanço da Ciência, ontem, em Atlanta, na Geórgia (sul dos EUA). Em uma das mais concorridas conferências da Aaas, Dennis Liotta, da Universidade Emory (EUA), afirmou que as drogas 3TC e FTC são pouco tóxicas para o homem, ao invés do medicamento mais usado, que é o AZT. Mas elas não tornam o AZT obsoleto. "Pelo contrário, essas duas drogas provocam uma mutação no HIV, e o vírus mutante que surge é mais vulnerável ao AZT", disse. Se a 3TC e a FTC passarem nas fases posteriores dos ensaios clínicos (de eficácia da droga no homem), elas poderão ser administradas em pacientes para "preparar o terreno" para o AZT, que poderia ser aplicado, em doses mínimas, para tentar liquidar o vírus. Conjuntamente, elas ajudariam a resolver os dois maiores problemas do AZT: os efeitos colaterais e a resistência que o HIV desenvolve contra o tratamento. Em outra conferência, cientistas divulgaram dados novos de uma das maiores pesquisas sobre a vida sexual dos americanos, divulgada no ano passado. Segundo Joel Feinleib, da Universidade de Chicago, 16% dos homens e 18% das mulheres americanas já receberam um diagnóstico de doença sexualmente transmissível (incluindo Aids). Feinleib mostrou que, quanto mais parceiros sexuais essas pessoas (e a população, de modo geral) têm, maior a preocupação em impedir contaminação, como com o uso de camisinha. Mas para as pessoas que tiveram cinco ou mais parceiros nos 12 meses anteriores à pesquisa, foi registrado um baixo índice de uso de camisinha. Christopher Browning, também da Universidade de Chicago, mostrou que mulheres que tiveram, quando meninas, alguma experiência sexual com adultos, apresentam menor chance de experimentar orgasmos do que outras. Texto Anterior: Nomes para Telebrás e Embratel são anunciados Próximo Texto: Presentes ajudam no diagnóstico Índice |
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