São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995 |
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Bolsa de Valores paulista sobe 5,56%
RODNEY VERGILI
A baixa pronunciada nas cotações fez com que os investidores voltassem a comprar. O clima mais tranquilo no mercado mexicano ajudou também a explicar a alta na Bolsa paulista. A Vale do Rio Doce divulgou os dados preliminares de seu balanço de 1994, registrando lucro líquido de R$ 546 milhões. As ações Vale PN estiveram entre as que registraram maior alta (6,1%) na Bovespa. Além disso, há o vencimento do mercado de opções na próxima segunda-feira, o que motiva maior agitação nas Bolsas. No mercado cambial, as remessas estão sendo pronunciadas nos últimos dias. Só no último dia 16, as saídas financeiras atingiram US$ 406,8 milhões. Há dificuldades de renovação dos eurobônus de empresas brasileiras que estão vencendo. A empresa acaba remetendo os recursos para o exterior para o pagamento dos títulos. O saldo total comercial e financeiro neste mês até o dia 16 ficou negativo em US$ 91 milhões, invertendo a tendência positiva registrada desde o primeiro dia de fevereiro. As cotações do dólar comercial subiram no início dos negócios e recuaram à tarde, sem a intervenção do Banco Central. O dólar comercial acumulou na semana uma alta de 0,96%. No mercado de renda fixa, os juros ficaram praticamente estáveis. Roberto Barreto Filho, vice-presidente do Banco Econômico, diz que o juro real (acima da inflação) está "relativamente alto". O Banco Central mantém o juro alto, pois o governo está preocupado com o crescimento do consumo, diz. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,122%. A taxa média do over foi de 5,32% ao mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,40% ao mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 3,2519%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 24% e 40% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 150 dias: 14,8% ao ano mais a variação da Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,43% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 49% e 95% ao ano. No exterior Prime rate: 9,00% ao ano. Libor: 6,44% ao ano AÇÕES Bolsas São Paulo: baixa de 5,56%, fechando com 30.232 pontos e volume financeiro de R$ 276,84 milhões. Rio: queda de 4,5%, fechando com 13.612 pontos e volume financeiro de R$ 62,96 milhões. Bolsas no exterior Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.315,00 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.020,51 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,842 (compra) e R$ 0,843 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado a R$ 0,843 (compra) e R$ 0,845 (venda). "Black": R$ 0,835 (compra) e R$ 0,848 (venda). "Black" cabo: R$ 0,844 (compra) e R$ 0,853 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,825 (compra) e R$ 0,850 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,39%, fechando a R$ 10,22 o grama na BM&F. Câmbio O saldo cambial total (comercial e financeiro) neste mês até o dia 16 ficou negativo em US$ 91,0 milhões. O fechamento de câmbio comercial (exportações menos importações) estava positivo em US$ 1,064 bilhão. O fluxo financeiro (entradas menos saídas) acumulado no mesmo período foi negativo em US$ 1,155 bilhão. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5765 dólar. Em Frankfurt, a moeda norte-americana foi cotada a 1,4875 marco alemão. Em Tóquio, a cotação foi de 97,64 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 378,60. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para fevereiro fechou em 3,38% e para março a 3,22% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou em 31.300 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para fevereiro fechou a R$ 0,842 e para março a R$ 0,859. Texto Anterior: Serviços puxam crescimento Próximo Texto: Vendas de veículos caem 22% em janeiro Índice |
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