São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995
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Ricardo Teixeira é ameaçado de processo

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Um equipamento de refrigeração e distribuição de chope apreendido pela Receita Federal e a Polícia Federal no Rio pode gerar para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, processos por contrabando e sonegação fiscal, com penas de até 13 anos de prisão.
O equipamento, apreendido no El Turf Bar e Restaurante (Gávea, zona sul), é suspeito de ter sido trazido ilegalmente por Teixeira no vôo que trouxe dos EUA a seleção tetracampeã.
A apreensão foi pedida pelo procurador da República André Barbeitas, após três meses de investigações da Receita, e determinada pelo juiz Lafredo Lisboa Vieira Lopes, da 25ª Vara Federal.
Ricardo Teixeira detém 65% das ações do El Turf. A Receita calcula que o equipamento vale US$ 60 mil e que os impostos sonegados somam US$ 20 mil.
O irmão de Ricardo Teixeira, Guilherme Teixeira, um dos sócios do bar, apresentou como documento de importação do equipamento uma guia em nome da Uno Industrial Exportadora Ltda.
Além disso, o documento reservado que descreve as investigações diz que a Uno Industrial não tem relação com o El Turf Bar e que nas caixas do equipamento do bar está escrito como importador o nome da empresa SRT Empreendimentos Industriais Representação e Comércio Exterior Ltda.
Teixeira tem 20 dias para comprovar a legalidade da operação.
O advogado Evaristo de Moraes Filho, contratado por Ricardo Teixeira para fazer sua defesa, disse que vai apresentar à Justiça toda a documentação da compra do equipamento, que teria sido negociada em setembro, dois meses após a chegada da seleção.

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