São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Ex-ministro nega apadrinhamento

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-ministro das Comunicações Djalma Morais disse que suspendeu novas permissões em 22 de dezembro.
Segundo ele, a concentração vista no Diário Oficial na última semana do governo se deve a um motivo simples: seus funcionários foram acumulando as portarias para enviá-las à Imprensa Oficial. "Eu vinha autorizando dentro do fluxo normal", disse.
O ex-ministro afirmou que em 22 de dezembro reuniu-se com seu sucessor, Sérgio Motta, em seu gabinete. "A partir daquele momento, ficou claro que o novo governo tinha uma política definida e eu achei por bem não assinar novas permissões".
Morais disse que não usou critério político nem apadrinhamento nas concessões e que só atendeu as empresas que se comprometeram a explorar o serviço.
Admitiu saber da existência de um mercado paralelo onde são negociadas as concessões dadas gratuitamente pelo governo, sobretudo as destinadas ao trunking em São Paulo.
Seu sucessor, Sérgio Motta, declarou através de sua assessoria que não há base legal para revogação das concessões já publicadas no Diário Oficial.
Ao ser indagado sobre o número de permissões publicadas na última semana de dezembro, Motta comentou: "Isso mostra o acerto da decisão do governo de revogar os editais que ainda estavam em tramitação".

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