São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995 |
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'Sucesso dos modelos com Aids assusta'
MAURICIO STYCER
Dono da Morgan, uma agência com elenco de 500 modelos em Costa Mesa (cidade a 40 km de Los Angeles), Lewis, 31, decidiu então criar uma divisão chamada Proof Positive (teste positivo). Um ano depois, essa divisão conta 50 modelos e é o segmento que mais cresce na agência. "Mas ainda há muita discriminação. Acabo de conversar com Dave, um modelo que tem o vírus. Ele telefonou para a irmã e, no fundo da linha, ouvia o marido dela gritar: 'Quem está na linha? É aquele viado infectado?' Ele ficou abalado", disse Lewis à Folha. Prossegue ele: "Mostrei a Dave que é muito ameaçador para algumas pessoas ver o sucesso de alguém que é HIV positivo". O preconceito também atinge o dono da agência: "Sou HIV negativo, mas li numa revista alemã que só represento pessoas com Aids porque tenho Aids". Os 50 modelos da Proof Positive (41 homens e 9 mulheres) tem idade média de 28 anos e são, em sua maioria, da Califórnia. Recebem a mesma coisa —ou um pouco mais— que um modelo que não tem o vírus. "Embora seja muito cansativo, o trabalho acaba sendo energizante. É uma terapia. Rebekka Armstrong fez uma sessão de fotos na semana passada um dia após passar a noite inteira no hospital. O cliente me disse que foi uma sessão de fotos incrível e as fotos ficaram ótimas", diz Lewis. (MSy) Texto Anterior: Brasil ignora o mercado para aidéticos Próximo Texto: Capa da 'Vogue' morre como indigente Índice |
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