São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Equipamento mostra vírus

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Um nanômetro é um milionésimo de um milímetro. Os vírus variam em tamanho de 10 a 250 nanômetros. Com esse tamanho, só podem ser vistos através de microscópios eletrônicos.
A simples visualização já é um instrumento valioso para identificar esses agentes causadores de doenças, segundo a chefe da microscopia eletrônica no Lutz, Hatune Tanaka. Alguns têm formas de bastão, outros são esféricos.
Há cerca de um mês começou uma epidemia de gastroenterite na Baixada Santista. Muitas vezes a causa é relativamente fácil de perceber —são bactérias, seres vivos bem maiores e complexos que os vírus. Mas outro agente causador é o rotavírus, que tem a forma de uma roda. Com o microscópio, logo será possível descobrir quem anda causando esses problemas estomacais no litoral.
Outros testes ajudam na identificação, como os que verificam o tipo de resposta que o sistema de defesa do organismo deu a eles.
Já o Laboratório de Biologia Molecular de Vírus, chefiado por Júlia Maria Martins de Souza Felippe, vai mais fundo, analisando o material genético viral.
No microscópio, o vírus do dengue parece sempre o mesmo; mas a análise de seu genoma permite saber a qual tipo pertence, e cada tipo provoca uma doença com características diferentes.
(RBN)

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