São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Centro de análises é referência mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

Os CDC (sigla em inglês para Centros para o Controle e Prevenção de Doenças), localizado em Atlanta, é considerado o principal centro de controle de doenças do mundo.
Essa avaliação considera quesitos científicos, organizacionais e políticos.
Fundado em 1946, o órgão conta hoje com 6.800 pessoas trabalhando em seus quadros, divididas entre pesquisadores, técnicos e auxiliares.
Os CDC não são ligados a nenhum outro órgão ou universidade, sendo mantido pelo governo dos Estados Unidos. Seu orçamento anual ultrapassa US$ 2 bilhões.
"Nossa missão é prevenir doenças desnecessárias e promover uma vida saudável para a população", explica Tom Skinner, porta-voz dos CDC.
Segundo ele, a instituição concentra suas pesquisas principalmente em áreas relacionadas a enfermidades crônicas —como o câncer—, além de diabetes e doenças infecciosas.
Nesse último caso, os CDC realizam pesadas pesquisas para tentar controlar a Aids.
Pela sua própria estrutura e porte, os CDC são um colaborador majoritário de diversos órgãos supragovernamentais de pesquisa em saúde, como a Organização Mundial da Saúde.
Circulam por lá cientistas do mundo inteiro, inclusive pesquisadores brasileiros.
É o caso de Maria Lucia Seconi Rondella, do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, especialista em febre purpúrica brasileira, há cinco meses no centro.
Além disso, os CDC são referência obrigatória para qualquer nova doença. "É para cá que mandam qualquer material suspeito", diz Rondella.
"Até a OMS costuma pedir nossa ajuda técnica", diz o americano Brad Perkins, da Divisão de Doenças Bacterianas do órgão e especialista, como Seconi, em febre purpúrica brasileira.

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