São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Barreiras artificiais separam países, povos e religiões

DA REDAÇÃO

A proposta de construção de uma cerca separando Israel dos territórios ocupados reativou discussão milenar sobre barreiras artificiais separando povos e religiões, países e cidades.
Os romanos, para conter os pictos —antigos habitantes da Escócia— construíram a Muralha de Constantino. A Grande Muralha da China —única construção visível da Lua— tentou conter as invasões mongóis. Nenhuma das duas deu certo.
Na Idade Média, judeus foram isolados em certas cidades européias —expediente que seria recuperado por Hitler na primeira fase do Holocausto. Além dos guetos mandados contruir pelos nazistas (dos quais o de Varsóvia é o mais famoso), o século 20 é pródigo em outros muros.
Em 1961, o governo da Alemanha Oriental iniciou a construção do Muro de Berlim, para separar os lados Oriental e Ocidental da cidade. Seu objetivo era conter a fuga de seus cidadãos. Sua derrubada, em 1989, marcou o fim da Guerra Fria e a eliminação da mais famosa das divisões imaginárias —a Cortina de Ferro. Outra cortina, a de Bambu, foi entreaberta em 1972 com a vista do presidente Nixon à China.
Belfast foi dividida entre protestantes e católicos para impedir ataques de milíciais rivais. Na fronteira dos EUA com o México, uma cerca tenta conter imigrantes latino-americanos.

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