São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995 |
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Micro cresce com financiamentos
NELSON ROCCO
No BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, no ano passado foram fechadas cerca de 80 mil operações de crédito. Segundo Luiz Pizarro, chefe de relações institucionais do banco, até o final dos anos 80, esse número oscilava entre 20 mil e 30 mil. "Esse aumento significa que o valor médio de cada empréstimo diminuiu, com maior atendimento às pequenas empresas", diz. A Microofice Informática, há três anos no mercado, é uma das empresas que têm crescido com financiamento bancário. A empresa aluga, vende e instala redes de microcomputadores. Segundo Antônio Francisco Nascimento, 28, sócio, o faturamento médio é de R$ 85 mil por mês. Nascimento conta que pediu o primeiro empréstimo há pouco mais de um ano, com intermediação do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo). "Pegamos cerca de R$ 15 mil no Banco do Brasil para a compra de equipamentos para locação." No início do ano, a Microofice recorreu à CEF (Caixa Econômica Federal) e conseguiu R$ 10 mil, também com apoio do Sebrae-SP. Atualmente, a empresa participa do Associaval —um projeto do Sebrae com 22 empresas e várias instituições. "O empréstimo é garantido por todas as empresas. Cada uma terá crédito de R$ 100 mil", diz. A Mirabela Unidade de Beleza também pediu dinheiro no Banco do Brasil. Elza Segurado, 47, dona, diz que o crédito de R$ 23 mil "ajudou muito" no investimento total de R$ 50 mil para a abertura da empresa, em dezembro de 94. A empresária conta que deu um apartamento como garantia e que, por enquanto, está pagando apenas 1% de juros ao mês —durante a carência de dez meses. (NR) Texto Anterior: Pesquisa mostra otimismo de pequenos empresários Índice |
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