São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Peugeot 106 tem charme e motor 1.000 bem valente

GRACILIANO TONI
EDITOR DE INFORMÁTICA

O que falta em tamanho no Peugeot 106, sobra em charme. Menor que o Uno —tem 3,56 m, contra 3,65 m do Fiat— e com linhas atraentes, parece um brinquedo.
Não é. O carro tem muito espaço —na frente, mais que o Corsa— e motorzinho bem valente para seus 1.000 cm3 de cilindrada.
Brincadeira, no 106, é estacionar. Qualquer vaguinha tem espaço de sobra para o carro. Os 20 cm a menos no comprimento fazem a maior diferença.
A direção —leve mesmo sem auxílio hidráulico—, mais a frente e a traseira curtas evitam qualquer dificuldade para o motorista.
O câmbio, com alavanca muito leve e marchas "encaixadas" —sempre se tem a certeza de que foram devidamente engatadas—, é típico dos carros franceses e marca registrada da Peugeot.
Como os excelentes faróis trapezoidais, apelidados de "olhos de Sophia Loren" pelo seu formato, e a direção perfeita em qualquer situação (em especial em alta velocidade), o engate das marchas é claramente Peugeot.
Mal resolvida mesmo no pequeno 106 é posição da fechadura das portas, baixas demais. Parecem ter sido projetadas para baixinhos com longos braços.
O porta-malas também não leva muita coisa. Fica ao mesmo nível do compartimento de bagagens de Corsa e do Uno, perdendo longe do Escort Hobby 1.0.
Os "populares" brasileiros também levam vantagem nas suspensões. As do Peugeot certamente se saem melhor nas "autoroutes" francesas que nas esburacadas ruas brasileiras.
O carro trepida muito em piso irregular e as suspensões se tornam barulhentas.
Em vias com piso em bom estado, o comportamento do 106 é exemplar. Ele mantém velocidade elevada em estrada, com ótima estabilidade e freios eficientes.

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