São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 1995
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Jovem contou nos dedos dias que faltavam para menstruar

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Com quase 14 anos, Joana Góes ficava contando nos dedos os dias que faltavam para sua primeira menstruação.
"Todas as minhas amigas já tinham passado pela experiência. Eu fui a última. Ficava me sentindo a 'lanterninha' da classe", conta ela.
"Ficava todo mundo se produzindo para sair, falando dos garotos e eu nem aí. Preferia brincar, jogar, ficar na minha casa. Parecia outra realidade."
A estudante se comparava e via que as garotas estavam virando mulheres. "Elas tinham peitos maiores e eram muito mais encorpadas".
"Lógico que eu achava que os meninos só iam ficar de olho nas outras", conta.
Hoje, aos 16, no terceiro colegial e com seus ciclos normais, ela acha que foi melhor ter começado um pouco mais tarde.
"Dá mais tempo para amadurecer. O problema é que na hora em que todas garotas ficam menstruadas, quem não menstrua se acha a esquisita."
(JB)

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