São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995 |
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Agora técnicos propõem duas refinarias
FRANCISCO SANTOS
Pela proposta da Aepet, uma refinaria iria para Pernambuco e outra para o Rio Grande do Norte ou o Maranhão. O presidente da entidade, Fernando Siqueira, disse que o Ceará ficaria de fora por ter problemas de porto e de abastecimento de água. Segundo os cálculos da Aepet, os custos de duas unidades seriam cerca de US$ 300 milhões superiores ao de apenas uma, avaliada entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,6 bilhão. Atualmente, a localização de uma refinaria da Petrobrás está sendo disputada pelos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Pará. Embora não conste dos estudos preliminares da estatal, o Piauí também quer ser candidato. A Aepet é a mais poderosa entre as entidades que fazem o lobby pela manutenção do monopólio estatal do petróleo. Em muitos casos, ela é o porta-voz oficioso das intenções da direção da Petrobrás. Conforme a Folha apurou, no caso atual a entidade está trabalhando a favor do monopólio mas não necessariamente de acordo com a direção da empresa. A construção de duas refinarias em vez de uma seria uma saída para ampliar o leque de apoio à manutenção do monopólio, que poderá ficar abalado nos Estados preteridos na hora da decisão. Até o nacionalista Miguel Arraes (PSB), governador de Pernambuco, já ameaçou nos bastidores ficar contra o monopólio se perder a refinaria. Mas, de acordo com Fernando Sigueira, os argumentos para se fazer duas refinarias têm fundamentos técnico e de política de desenvolvimento. Segundo ele, haverá até o ano 2000 mercado no Norte/Nordeste para as duas unidades. E a opção por duas em vez de uma refinaria criaria dois pólos de desenvolvimento e de geração de empregos na região. Texto Anterior: Chico Buarque vive Noel Rosa em filme Próximo Texto: Pernambucanos vão à Fiesp Índice |
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