São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Mercado de usados se mantém

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o carro "popular" não teve, até ontem, reflexos no mercado de automóveis usados.
A informação é de Avelino Augusto Teixeira, presidente da Assovesp, entidade que reúne as revendas de usados no Estado de São Paulo.
"Não estamos esperando que essa medida tenha reflexos na venda de usados."
É que quem paga 30% de ágio por um carro zero quilômetro também está disposto a desembolsar um pouco mais por causa do aumento do IPI, argumenta.
Os reflexos no mercado de usados seriam positivos para o setor. Somente neste mês, o movimento das lojas especializadas está 72% abaixo do mesmo período do ano passado.
Também os distribuidores de automóveis novos não estão animados com o aumento do imposto sobre o "popular".
Para os distribuidores, deve ocorrer um desaquecimento nas vendas no mês que vem.
Com a produção prevista de 70 mil veículos "populares" em março e o aumento no preço por causa da subida do imposto devem sobrar carros no mercado, calcula Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
Mesmo assim, as concessionárias vão continuar respeitando o acordo da câmara setorial do carro "popular" firmado com o governo.
Na última sexta-feira, a Fenabrave enviou uma cópia para o Ministério da Indústria e do Comércio e para o Ministério da Fazenda da mensagem transmitida às associações de marca filiadas.
No comunicado, a Fenabrave reafirma a manutenção do acordo e reitera sua posição de que o aumento do IPI para o "popular" deveria ser contrabalançado com a redução do mesmo imposto para os modelos intermediários.
Está prevista para hoje a volta do sistema de vendas programadas "on line" da Fiat, suspenso desde o último dia 2.
(MCh)

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