São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Banco de Boston vai investir US$ 700 mi

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco de Boston quer dobrar o volume de suas operações (ativos totais) no Brasil dos atuais US$ 3,5 bilhões para US$ 7 bilhões nos próximos três anos.
Para isso, a matriz norte-americana The First National Bank of Boston vai aumentar o capital da filial brasileira em US$ 200 milhões nesse período.
Outros US$ 500 milhões serão investidos na expansão do banco durante os próximos cinco anos, totalizando US$ 700 milhões.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente do Banco de Boston, Henrique de Campos Meirelles.
Meirelles acrescentou que os US$ 500 milhões serão investidos na expansão da rede de agências, em recursos humanos, tecnologia, sistemas de telecomunicações, máquinas e equipamentos.
Segundo Meirelles, o Boston tem interesse em adquirir agências do Banespa, por exemplo, caso a solução seja a privatização e a legislação que restringe a abertura de agências por instituições estrangeiras seja alterada.

ISO 9000
Meirelles anunciou também que o serviço de custódia internacional do Banco de Boston recebeu no dia 10 passado o certificado de qualidade ISO 9002, atestado pela ABS — American Bureau of Shipping Quality Evaluation, dos Estados Unidos.
"O certificado da série ISO 9000 assegura uma qualidade que tenha constância e continuidade no futuro", explica Meirelles.
O Banco de Boston é a primeira instituição financeira da América Latina a obter esse atestado, concedido até agora a apenas outros três bancos em todo o mundo —Swiss Bank (Suíça), Banco de Munique (Alemanha) e Standard Chartered (Hong Kong).
O Boston é o terceiro maior banco custodiante de títulos de investidores estrangeiros, com uma carteira no valor de US$ 2,5 bilhões, logo após do Chase Manhattan e do Citibank, ambos também de origem norte-americana.
Com outros US$ 2 bilhões de recursos de clientes do exterior administrados pelo banco, o total de recursos externos em sua carteira sobe para US$ 4,5 bilhões.
O banco aposta na captação de recursos no exterior, apesar da crise do México. Meirelles disse que na semana passada foi aprovada no banco a criação de uma estrutura especial de venda de papéis brasileiros e argentinos no exterior.

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