São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Indústria cresce 7,6% em 94, diz IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

A atividade industrial apresentou crescimento de 7,6% no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O mês de dezembro registrou a maior taxa de crescimento: 17,2% em relação ao mesmo mês do ano de 93.
O desempenho da indústria no ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do IBGE, "superou as expectativas dos analistas e elevou o patamar da atividade ao seu recorde histórico, antes situado em fevereiro de 1987 (final do Plano Cruzado)".
O desempenho da indústria em 94 praticamente repetiu o crescimento do ano anterior, que foi da ordem de 7,5%.
Segundo o IBGE, esses números sinalizam para "um forte aquecimento do ritmo fabril, com a aceleração da atividade econômica se acentuando no final do ano".
O resultado final de 94 aponta que 15 dos 20 gêneros pesquisados assinalaram comportamento positivo.
A indústria mecânica assumiu a liderança da expansão industrial, fechando o ano de 94 com crescimento de 21,3%.
Os principais destaques da indústria mecânica —produtora de bens de capital— foram os itens tratores (55 a 100 HP) e colhedeiras agrícolas, com crescimento de 84,1% e 42,1%, respectivamente.
O segmento de bens de capital, aliás, foi o que mais cresceu (18,6%).
Depois aparecem os bens de consumo duráveis (15,5%), bens intermediários (6,5%), e bens semiduráveis e não-duráveis (1,9%).
No segmento dos bens de consumo duráveis, o relatório do IBGE aponta que o setor automobilístico, por exemplo, obteve recorde na área de produção.
O setor automobilístico, diz o relatório, "registrou níveis recordes de utilização da capacidade produtiva, mesmo numa conjuntura de crescente participação dos produtos importados no total da oferta interna".
A pesquisa aponta ainda que o setor de bens de consumo não-duráveis e semiduráveis registrou significativo crescimento de junho a dezembro de 94. Exemplos: as indústrias farmacêutica e de bebidas.
O crescimento desses setores estaria relacionado "ao aumento do consumo das classes de renda mais baixa, favorecido pelo fim do imposto inflacionário", segundo afirma o relatório produzido pelo IBGE.

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