São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Palhinha quer reconciliação, mas Telê não aceita rebeldia

DA REPORTAGEM LOCAL

Os desentendimentos entre o técnico Telê Santana e o meio-campo Palhinha continuaram no CT da Lapa, onde o time do São Paulo treinou ontem.
A discussão entre os dois iniciou-se no jogo de sábado frente ao Juventus, em Santo André, quando Palhinha —um dos melhores em campo— não gostou de ser substituído no 2º tempo pelo jogador Denílson.
O jogador reclamou da substituição e jogou a fita de capitão no gramado.
Após o jogo se recusou a falar com a imprensa, se dirigindo rapidamente para o ônibus do clube sem dar entrevistas.
"O Telê é uma pessoa aberta ao diálogo e tudo já está resolvido", disse o jogador, após o treino. "O jogo estava difícil e ninguém gosta de sair num momento desses, mas o assunto está superado para mim", completou.
"Há problemas sim. Jogador meu não pode se rebelar"', afirmou o treinador são-paulino.
Palhinha disse que os problemas particulares pelos quais está passando "estão influenciando um pouco no seu comportamento dentro de campo."
O filho do jogador, de seis anos, sofreu uma cirurgia na coluna há pouco dias.
Telê Santana não poderá contar com o lateral-esquerdo André e com o meio-campo Juninho para a partida de amanhã, contra o Rio Branco, às 15h30, no Morumbi.
Os dois jogadores foram convocados para o amistoso da seleção brasileira, amanhã, em Fortaleza, contra a seleção da Eslováquia.
Ronaldo Luís é o reserva imediato da lateral esquerda. Já no meio-campo, o treinador são-paulino tem duas opções.
Telê Santana pode escalar o meia Denílson e, desta forma, não alteraria muito o sistema tático da equipe, atuando 4-4-2 (quatro jogadores na defesa, quatro no meio-campo e dois no ataque).
Denílson atuaria mais à frente, ao lado de Bentinho.
Mas o técnico pode optar por uma formação mais ofensiva, escalando o atacante Caio.

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