São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Exército vai patrulhar ruas no Carnaval
SERGIO TORRES; ROBERTO MACHADO
Segundo acordo entre Ministério do Exército e Secretaria da Segurança Pública do Estado, os militares vão limitar sua atuação no período carnavalesco a rondas motorizadas. A ação foi batizada de Operação Rubi. A princípio, as tropas do Exército não interditarão ruas nem vão obrigar pessoas a mostrar documentos. Ações deste tipo só deverão ocorrer quando se suspeitar da presença de criminosos na área onde estiverem os militares. A meta do plano - traçado pelo ministro do Exército, general Zenildo Lucena, e pelo secretário da Segurança, general da reserva Euclimar da Silva - é dar a cariocas e turistas uma impressão de segurança durante o Carnaval. "Não se trata de retomar operações em morros, mas de pôr em prática a Operação Rubi, que já estava estrategicamente pronta. Será um patrulhamento de ruas realizado pelas Forças Armadas", disse o ministro ontem, na Vila Militar (zona oeste). A ronda motorizada por parte do Exército está prevista para terminar em 3 de março, sexta-feira após o Carnaval. Na mesma data se encerra a prorrogação do convênio em que os governos federal e estadual criaram a Operação Rio. Apesar de o Exército não querer mais ir a morros, o convênio deverá ser renovado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador Marcello Alencar. O objetivo da renovação é dar às Forças Armadas um amparo legal para o caso de ser necessária uma nova investida em favelas. O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel da reserva Ivan Cardozo, disse que o convênio será renovado, mas que os militares trabalharão "sempre em auxílio à Polícia Militar". "O Exército não vai fazer operações em morros", disse ele. Cerco Cerca de 20 policiais cercaram ontem às 9h a ladeira do Ascurra, uma das entradas do morro Cerro-Corá, no Cosme Velho (zona sul), para reprimir um tiroteio entre supostos traficantes. Anteontem, 80 PMs ocuparam as vias de acesso ao morro Dona Marta (zona sul). Dois homens foram mortos. (Sergio Torres e Roberto Machado) LEIA MAIS Sobre Carnaval à pág. 3-4 Texto Anterior: Governador faz comparação com SP Próximo Texto: Transplante de medula óssea de babuíno pode salvar aidéticos Índice |
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